sexta-feira, novembro 17, 2006

Assassinato da Dona Helena

Já era noite, tarde de noite para ser inexado. E como não podia deixar de ser ele já havia perdido a hora e todos os compromissos daquele dia. Saia então de um prédio em que depois de um tempo foi se refugiar com os velhos amigos da faculdade. Saia ainda pensando em tudo que tinha acabado de dizer e ele mesmo não acreditava no que tinha dito.

Estavamos jogando o seu velho poker apostado com os clássicos carocinhos de feijão. Sabendo que ia ser usado caroço de feijão mulato ele já tinha alguns em seu bolso no ímpeto de tentar ganhar e apostar em apostas mais altas.

Ele então pensava muito naquele momento lá embaixo, depois de ter decido sozinho e meio alcolizado os 4 andares pela escada, em que rodada aquilo teria sido, algo em torno da nona e da décima segunda, onde o velho barreto já tinha subido ao cérebro. Foi entre essas rodadas que em meio a conversas calorosas ele disse:

- Se eu pudesse matava minha vizinha!

Todos riram, e até maliciaram como seria a forma como iria matar sua vizinha, em príncípio todos se esqueceram que haviam duas vizinhas dele, uma era a famosa Lourdinha e a Dona Helena, quando todos pensavam que se tratava da Lourdinha que sempre usava cinto diziam alguns em relação a sua saia. Ele então ficou sério e disse:

- Imagino que vocês estejam pensando que falo da Lourdinha, mas me refiro a Dona Helena, não aguento mais, toda vez que vou ao Hall aquela maldita sempre está fumando, e por incrível que pareça mesmo ela com a paranóia de fechar a sua porta com umas 7 trancas e com borracinha ao pé da porta para não entrar água em dia de faxina, ainda assim o Hall sempre está com um incrível cheiro de fumaça.

Novamente risadas, e curioso que naquele grupo de cinco amigos nenhum tinha fumado na vida, nem curtia! E o jogo voltou ou seu caminho, mas logo em seguida depois dessa confição todos se sentiram desconfortáveis e ele foi o primeiro a descer, conseguiu lucrar mais feijões do que o que levou no bolso. E agora estava no meio da rua perturbado com suas idéias!

Apagou e acordou em seu apartamento. Havia um leve corte na mão direita, mas tirando isso estava tudo normal, sua roupa, seu dinheiro ganhado na noite anterior estava com ele. Como chegou em casa e na sua cama não sabia, ainda mais que são aproximadamente 600 metros de distância entre sua casa e do amigo.

Tinha uma certeza, naquele dia não sentiria mais aquele incomodo de fumaça, sabia que daria um jeito. Tomou um banho, estava se sentindo melhor, nem quis comer nada, ao abrir a porta viu várias pessoas curiosas e pergountou quem eram, es que surge Lourdinha ao choro e se agarra no seu vizinho que acabou de abrir a porta, e chorando lhe diz:

- Mataram a Dona Helena, porcos sanguinários, mataram ela.

A dúvida era muito em sua cabeça, teria ele matado Dona Helena? Ao questionar como ela morreu, soube que alguém bateu em sua porta da madrugada e entrou, posteriormente com uma faca pega na casa esfaqueou a Dona Helena e foi embora, só o que se sabia era que o agressor havia se cortado com a mão que feriu, lembrando assim o grande Augusto dos Anjos que já dizia "A mão que afaga é a mesma que apedreja".

Aquela dúvida sempre o perturbou, será que havia matado a Dona Helena? Como poderia ele era canhoto...

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4 Comments:

Blogger Fabiana. said...

moral da historia :
canhotos nao sao assassinos ^^

hehehe \o/
quero mais historinhas xD
=****

10:08 AM  
Blogger ana luiza said...

adoreii a historia amorecoo =D
eu gosto desse tipo de suspense!
heuheuhueheu canhotos nao sao assassinos!
me lembrei q eu tinha uma vizinha dona helena mas ela nao fumava..heheh

bjaaaaooo =@=

ETAPS!!!

4:38 AM  
Anonymous Anônimo said...

Lembrei do Raskolhnikov, do Dostoiévski. Em Crime e Castigo, ele mata uma velhinha usurária... só que ele não tem dúvidas de que a matou...

12:34 PM  
Blogger Unknown said...

Hum... me lembrou Heroes.
Será que temos outro herói com dupla personalidade?!

8:33 AM  

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